terça-feira, 18 de março de 2008

Do sotaque e das alegrias

Sinto falta do teu riso. De quando você entrava por aquela porta dizendo alegrias. Sinto falta do teu sotaque e da tua fala corrida. E até de quando eu praguejava com seu nome, ou respirava fundo, contava até três olhando pro teto, pra não te dizer tudo o que você merecia.

Sinto falta de coisa mais antiga, de quando queríamos bem um ao outro, e queríamos estar juntos.

Sei bem quando tudo se quebrou, e o que foi que perdemos. Bem consigo me lembrar quando foi que tudo mudou. Mas até hoje não sei porque.

Ah!, por que você nunca me falou? Pode ter sido uma palavra minha, ou pode ter sido algo que passa a quilômetros de mim. Eu nunca saberei. Agora vou passar o resto da vida me perguntando o que foi que eu fiz.



L.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

a flor branca morreu


o dia foi cinzento e desagradável...

chuvoso também

e lá no fundo eu sabia que seria horrível...

o fim está próximo, pensei...

mas existe toda uma vida inteira que eu não tenho a mínima vontade de viver...

não adianta...

ontem foi o dia em que a flor branca morreu?

nunca se sabe ao certo, as plantas têm essa mania de florescer em lugares impensáveis...

e no que eu acredito?

prefiro não pensar, não acreditar...

de nada adianta...

um além-mar gigantesco e uma invasão de novos mundos...

aliás, sabe em que eu acredito MESMO? que alguns sentimentos não são para os fracos...

e eu sou muito forte...


devaneios... tristezas...



I.